1 minuto no café 24.02.2023

1 minuto no cafe 24.02.2023

Nesta semana, mais curta no Brasil, devido aos feriados de carnaval, os contratos de café em Nova Iorque oscilaram bastante, mas fecharam a sexta semana consecutiva de resultados positivos.

Hoje, a divulgação de que persiste a pressão inflacionária nos EUA, elevou a probabilidade de nova alta nos juros americanos, fortaleceu o dólar frente às principais moedas internacionais, derrubou bolsas ao redor do mundo e o valor de muitas commodities. No Brasil, o dólar subiu 1,23 % frente ao real.

Nesse cenário, os contratos de café na ICE Futures US em Nova Iorque trabalharam em baixa moderada. Os para maio próximo, bateram em US$ 1,9000 na máxima do dia e fecharam com perdas de 200 pontos a US$ 1,8770 por libra peso. No balanço desta semana, após todo o sobe e desce diário, esses contratos para maio apresentaram saldo positivo de 195 pontos, encerrando a sexta semana seguida com os contratos de café em alta na ICE. Nas cinco semanas anteriores os contratos para maio somaram ganhos de 3 320 pontos, e, com o saldo positivo desta semana, acumularam 3 515 pontos de alta em seis semanas consecutivas.

As premissas que elencamos como causas para o movimento de alta nos contratos de café em Nova Iorque nas últimas semanas, permanecem válidas e críveis: A queda nos embarques brasileiros de arábica em janeiro; o forte crescimento em 2022 das compras de café brasileiro pela Colômbia, segundo maior produtor de arábica do mundo; a queda nos estoques americanos de café verde em janeiro e de café certificado na ICE nas últimas semanas; os baixos estoques de café verde tanto nos países produtores, como nos consumidores; a contínua alta no consumo mundial de café, apesar dos problemas causados na economia global pela pandemia de Covid 19 e pela guerra no leste europeu, em decorrência da invasão da Ucrânia pela Rússia; as chuvas acima da média nas regiões produtoras de café no Brasil (dificultando os tratos culturais); a resistência dos cafeicultores brasileiros em vender nas bases de preço oferecidas pelo mercado. Interesses de curto prazo de especuladores e fundos explicam os fortes e rápidos sobe e desce diários.

Os estoques de café certificado na ICE caíram hoje 9.429 sacas. Estão em 800.137 sacas. Há um ano eram de 980.562 sacas (é importante lembrar que esses estoques já eram considerados baixos e muito preocupantes nessa época), caindo neste período 180.425 sacas.

O dólar fechou hoje a R$ 5,1980 em alta de 1,23 %. Ontem caiu 0,66 %, encerrando a quinta-feira a R$ 5,1350. Na sexta-feira passada fechou a R$ 5,1610 em baixa de 0,98 %. Encerrou 2022 valendo R$ 5,2800.

Em reais por saca, os contratos para maio próximo na ICE em Nova Iorque fecharam hoje valendo R$ 1 290,61. Ontem fecharam a R$ 1 288,55. Na sexta-feira passada encerraram o dia a R$ 1 268,25. Encerraram o último pregão de 2022 valendo R$ 1 166,04.

Nesta semana, mais curta no Brasil devido aos feriados de carnaval, o mercado físico brasileiro mostrou-se calmo, com poucos vendedores. Os compradores diminuíram e aumentaram o valor de suas ofertas acompanhando diariamente o movimento do dólar frente ao real e as oscilações na ICE. O volume de negócios fechados foi pequeno. O mercado é comprador, mas os cafeicultores vendem pouco café nas bases de preços oferecidas.

Até dia 24, os embarques de fevereiro estavam em 1.353.431 sacas de café arábica, 40.101 sacas de café conilon, mais 141.854 sacas de café solúvel, totalizando. 1.535.386 sacas embarcadas, contra 2.023.910 sacas no mesmo dia de janeiro. Até o mesmo dia 24 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 2.101.679 sacas, contra 2.510.042 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 17, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 24, subiu nos contratos para entrega em maio próximo 195 pontos ou US$ 2,57 (R$ 13,40) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 17 a R$ 1269,48 por saca, e hoje sexta-feira dia 24 a R$ 1290,61. Hoje, nos contratos para entrega em maio a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 200 pontos.

Fonte: Escritório Carvalhães