Estoques certificados em Londres também recuam, câmbio ajuda e café tem novo dia de alta
O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta quarta-feira (23) com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). + Cooxupé atualiza recebimento e exportação, alerta sobre condições das lavouras para 24 e cobra investimento em geoprocessamento para mitigar incertezas do mercado
Dezembro/23 teve alta de 385 pontos, negociado por 153,90 cents/lbp, março/24 registrou valorização de 355 pontos, valendo 155,10 cents/lbp, maio/24 teve alta de 330 pontos, negociado por 155,95 cents/lbp e julho/24 teve valorização de 320 pontos, valendo 156,65 cents/lbp.
O mercado do café continua com suporte na queda dos estoques certificados na ICE. Nesta quarta, os estoques de robusta em Londres caíram para mínimo recorde de 3.599 lotes (histórico de dados desde 2016), e os estoques de café arábica monitorados pelo ICE caíram na terça-feira para o menor nível em nove meses, de 513.503 sacas.
O mercado também continua com suporte no recuo do produtor, que segue cauteloso e pouco participa do mercado. No campo, a colheita avança para a reta final e a Cooxupé informou nesta quarta que 87% da área já foi colhida na região de atuação da cooperativa. As atenções do mercado também se voltam ao retorno da estação chuvosa e na florada para 2024.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, Carlos Augusto Rodrigues de Melo – presidente da Cooxupé, afirmou que as condições climáticas foram positivas para a qualidade da safra. Destacou que o mercado ainda está travado, sem grande volume de negócio, mas que as últimas semanas foram mais movimentadas por parte da demanda.
Além diso, ressaltou a necessidade do Brasil voltar a passar credibilidade em relação aos números de safra ao mercado internacional. Atualmente, os números da Conab falam em 55 milhões de sacas no ciclo atual, mas existem consultorias que afirmam que o volume pode ultrapassar 60 milhões de sacas, o que segundo o presidente, traz incerteza ao mercado e trava os negócios em todas as pontas da cadeia.
O financeiro também deu suporte de alta aos preços, com o dólar recuando 1,73% ante ao real e sendo negociado por R$ 4,86 na venda. “A aprovação do novo marco fiscal na Câmara dos Deputados e a queda firme do dólar no exterior, após a divulgação de dados fracos da economia dos EUA, fizeram a moeda norte-americana à vista ter queda firme ante o real nesta quarta-feira”, acrescenta a Reuters.
Na Bolsa de Londres, o tipo conilon também avançou. Novembro/23 teve alta de US$ 28 por tonelada, negociado por US$ 2402, janeiro/24 teve alta de US$ 19 por tonelada, cotado por US$ 2324, março/24 teve valorização de US$ 20 por tonelada, valendo US$ 2288 e maio/24 teve alta de US$ 19 por tonelada, negociado por US$ 2277.
No Brasil, o físico acompanhou e encerrou com valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 2,50% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 820,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 5%, cotado por R$ 840,00, Machado/MG registrou alta de 1,81%, valendo R$ 845,00, Varginha/MG teve valorização de 1,19%, cotado por R$ 850,00, Campos Gerais/MG registrou alta de 2,41%, valendo R$ 849,00 e Franca/SP teve alta de 1,20%, valendo R$ 840,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 2,29% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 895,00, Poços de Caldas/MG teve valorização de 4,76%, valendo R$ 880,00, Varginha/MG teve alta de 1,11%, valendo R$ 910,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 2,25%, cotado por R$ 909,00.
Fonte: Notícias Agrícolas